quinta-feira, 28 de abril de 2011


"(...) as pessoas desejam sim compartilhar, estimular o humanismo que a internet pode oferecer.
Existe uma revolução em curso, expressa, como diria Negroponte, por bits. Mas logo estes bits vão ultrapassar sua própria condição e hão de tornar-se saliva, esbravejos e diálogos. Já estão, ao vermos a resposta popular ao caso Bolsonaro, ao criticarmos por todos os cantos virtuais a equivocada condução do assunto Blog Bethania, no trabalho consolidado de organizações como a Avaaz.

E ao fim destes 53 dias, gosto cada vez mais de acreditar que vamos nos tornar seres transmedia, capazes de incendiar uma revolução a partir de kbytes, em forma de tweets e posts. Shares and likes. E pra quem diz que nos isolamos cada vez mais em frente a telas luminosas que calculam sonhos, convido-os a trespassar os limites do diálogo entre vida e interface. Participem, distribuam, compartilhem, e, ao final, observem o resultado.

É essa idéia de uma revolução digital que parece se desenhar, que pode libertar-se de suas amarras na web e manifestar-se no “mundo real”. Que deve expandir-se e incluir ao invés de excluir. Inclusão, seja ela digital, social, é a palavra de ordem. É uma revolução sem armas, pautada no afeto e desenvolvimento de discussões em foruns, threads, comunidades e facebooks. Estamos em uma era onde 1 andorinha pode sim fazer verão, desde que ela tenha acesso ao twitter. Mas não se esqueçam: nem tudo são bits (flores?), e é sempre bom encontrar os amigos, sair pra passear, conversar, olho no olho, o que foi discutido em ambientes virtuais. Enquanto ainda tivermos corpos, precisaremos de contato."




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